O
Brasil ocupa a 76ª. posição entre os países pesquisados.
Mas
a solidariedade está sendo a força do recomeço no Rio de Janeiro.
“Estamos aprendendo que amor é ação”,
Roberto Yath, 29 anos, morador de Teresópolis RJ-Brasil, gerente de
restaurante, perdeu sete parentes nos deslizamentos da última semana. Decidiu
ajudar desde o início, assumiu parte da organização da distribuição dos
alimentos. Complementa em entrevista à Revista Época de 24 de janeiro/11, “E o
melhor jeito de aplacar a dor”. “Essa união de pessoas é a melhor coisa da
vida”!
O Brasil se
mobiliza. Em atitude de altruísmo os brasileiros buscam amenizar a dor de
milhares de semelhantes cariocas que sofrem com a perda de entes queridos, bens
materiais, sonhos e vida!
Sociólogos,
biólogos e antropólogos estudam as condições particulares em que o interesse do
grupo pode sobrepujar o interesse do indivíduo. “As tragédias nacionais e as
guerras parecem ser mecanismos fortes para catapultar a ação em grupo”, segundo
Oren Harman, autor do livro “O preço do
altruísmo”. O evolucionista Charles Darwin, acreditava na seleção do grupo,
uma tribo que enfatizasse lealdade, coragem e solidariedade teria mais sucesso
na disputa por espaço e recursos. O egoísmo pode gerar vantagem pessoal com
visão de curto prazo, porque um indivíduo precisa dos outros para a
sobrevivência, sempre. Estudos mostram que os chimpanzés analisados sobre o comportamento
de solidariedade, em cativeiros, são muito altruístas, cooperando espontaneamente
entre eles na conquista de água e comida.
Os altruístas agem
altruisticamente o tempo todo, mas as grandes crises coletivas produzem milhões
de novos altruístas. Isso está acontecendo novamente no Brasil, como as
tragédias das chuvas.
Mas, conforme
pesquisa divulgada em dezembro/2010, que foi realizada pela Charities Aid
Foundation e o Instituto Gallup em 153 países do mundo para avaliar as atitudes
altruístas, o Brasil ficou abaixo de países como Austrália, Nova Zelândia,
Canadá, Irlanda, Suiça, os cinco primeiros colocados e ainda depois de Colômbia
e Bolovía, empatado com Argentina em 76º. no ranking mundial de caridade.
Índice
Global
|
Índice
BRASIL
|
Doação
|
20%
|
15%
|
Tempo
|
30%
|
25%
|
Dinheiro
|
45%
|
49%
|
Para Estranhos
|
A pesquisa revelou
ainda que quanto mais Feliz, mais Solidário. A riqueza dos países não é tão
importante quanto o bem-estar da população para determinar a solidariedade
entre as pessoas.
Ainda de acordo
com Harmam: “As pessoas fazem o bem por razões que parecem conflitantes, mas
não são. Ajudar um estranho pode satisfazer na mesma medida o senso de justiça
social e a necessidade do indivíduo de se sentir bem consigo mesmo. Portanto,
não tenho certeza de que seja importante entender as motivações por trás dos atos
altruístas das pessoas. O que conta, no final do dia, é o resultado dessas
ações. O fato de que pessoas receberam ajuda e cuidado é que é importante.”
Fazer o bem faz
muito bem para quem faz e para quem recebe! E pessoalmente, considero que faz
muito mais bem para quem o faz!
O Brasil estar
abaixo do ranking mundial em caridade demonstra que muito temos a trabalhar em
termos de egoísmo, mas por outro lado, existe
uma grande oportunidade de crescimento. Temos potencial!
Silvana Scarpino
Cia de Soluções
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