domingo, 23 de janeiro de 2011

A solidariedade. Pesquisa revela: os brasileiros são menos solidários que a média da população mundial.


O Brasil ocupa a 76ª. posição entre os países pesquisados.
Mas a solidariedade está sendo a força do recomeço no Rio de Janeiro.


“Estamos aprendendo que amor é ação”, Roberto Yath, 29 anos, morador de Teresópolis RJ-Brasil, gerente de restaurante, perdeu sete parentes nos deslizamentos da última semana. Decidiu ajudar desde o início, assumiu parte da organização da distribuição dos alimentos. Complementa em entrevista à Revista Época de 24 de janeiro/11, “E o melhor jeito de aplacar a dor”. “Essa união de pessoas é a melhor coisa da vida”!

O Brasil se mobiliza. Em atitude de altruísmo os brasileiros buscam amenizar a dor de milhares de semelhantes cariocas que sofrem com a perda de entes queridos, bens materiais, sonhos e vida!

Sociólogos, biólogos e antropólogos estudam as condições particulares em que o interesse do grupo pode sobrepujar o interesse do indivíduo. “As tragédias nacionais e as guerras parecem ser mecanismos fortes para catapultar a ação em grupo”, segundo Oren Harman, autor do livro “O preço do altruísmo”. O evolucionista Charles Darwin, acreditava na seleção do grupo, uma tribo que enfatizasse lealdade, coragem e solidariedade teria mais sucesso na disputa por espaço e recursos. O egoísmo pode gerar vantagem pessoal com visão de curto prazo, porque um indivíduo precisa dos outros para a sobrevivência, sempre. Estudos mostram que os chimpanzés analisados sobre o comportamento de solidariedade, em cativeiros, são muito altruístas, cooperando espontaneamente entre eles na conquista de água e comida.

Os altruístas agem altruisticamente o tempo todo, mas as grandes crises coletivas produzem milhões de novos altruístas. Isso está acontecendo novamente no Brasil, como as tragédias das chuvas.


Mas, conforme pesquisa divulgada em dezembro/2010, que foi realizada pela Charities Aid Foundation e o Instituto Gallup em 153 países do mundo para avaliar as atitudes altruístas, o Brasil ficou abaixo de países como Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Irlanda, Suiça, os cinco primeiros colocados e ainda depois de Colômbia e Bolovía, empatado com Argentina em 76º. no ranking mundial de caridade. 


Índice
Global
Índice
BRASIL
Doação
20%
15%
Tempo
30%
25%
Dinheiro
45%
49%
Para Estranhos


A pesquisa revelou ainda que quanto mais Feliz, mais Solidário. A riqueza dos países não é tão importante quanto o bem-estar da população para determinar a solidariedade entre as pessoas.

Ainda de acordo com Harmam: “As pessoas fazem o bem por razões que parecem conflitantes, mas não são. Ajudar um estranho pode satisfazer na mesma medida o senso de justiça social e a necessidade do indivíduo de se sentir bem consigo mesmo. Portanto, não tenho certeza de que seja importante entender as motivações por trás dos atos altruístas das pessoas. O que conta, no final do dia, é o resultado dessas ações. O fato de que pessoas receberam ajuda e cuidado é que é importante.”

Fazer o bem faz muito bem para quem faz e para quem recebe! E pessoalmente, considero que faz muito mais bem para quem o faz!

O Brasil estar abaixo do ranking mundial em caridade demonstra que muito temos a trabalhar em termos de  egoísmo, mas por outro lado, existe uma grande oportunidade de crescimento. Temos potencial!

Silvana Scarpino
Cia de Soluções

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